CIEAM

Indústria do Amazonas registra salto na produção de ar-condicionado e confiança fica acima da média nacional


Dados do PEA (Painel Econômico do Amazonas) apontam crescimento de até 355% em modelos fabricados no Polo Industrial de Manaus


 Previsão de calor recorde nos próximos anos deve aquecer ainda mais a demanda


 Confiança da indústria amazonense chega a 53,81 pontos, superando a média nacional


A produção de aparelhos de ar-condicionado no Brasil, fortemente concentrada no PIM (Polo Industrial de Manaus), vem registrando resultados expressivos em 2025. De acordo com o PEA, levantamento mensal do CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), a fabricação de modelos Split avançou 17,34%, saltando de 2.308.845 para 2.709.119 unidades. Já as linhas de condensadoras e evaporadoras tiveram altas impressionantes, de 355% e 350%, respectivamente.


O desempenho positivo é atribuído a uma combinação de fatores: aumento das temperaturas médias no país, modernização tecnológica e de design dos produtos, redução no custo global de insumos estratégicos e ganhos de eficiência na produção, o que ajudou a manter preços competitivos.


As projeções climáticas reforçam o cenário de expansão. Segundo a WMO (Organização Meteorológica Mundial), existe alta probabilidade de que, entre 2025 e 2029, a temperatura média global ultrapasse +1,5°C em relação ao período pré-industrial. A entidade alerta ainda para uma chance de 80% de novos recordes anuais de calor, tendência que deve impulsionar a procura por sistemas de climatização, especialmente no verão.


“A indústria de ar-condicionado instalada no Amazonas está preparada para atender a um mercado cada vez mais exigente e em plena expansão. O aumento da produção registrado neste ano reflete um cenário climático mais quente, ganhos de competitividade do PIM e uma demanda aquecida em todo o país”, afirma André Ricardo Costa, coordenador de Indicadores do CIEAM.


Confiança acima da média nacional


O PEA também apresentou os resultados da 7ª edição da ICEI-AM (Enquete de Confiança da Indústria). O índice amazonense alcançou 53,81 pontos, permanecendo na zona de confiança e superando a média nacional, que caiu para 47,3 pontos, patamar considerado pessimista.


Para Costa, o resultado reforça o otimismo local. “O industrial amazonense mantém uma postura confiante, mesmo diante de um cenário econômico desafiador no Brasil e no mundo. Pesam positivamente fatores como os benefícios da reforma tributária para a Zona Franca de Manaus, que já atrai novos investimentos, e o bom momento do emprego e da renda no país, que sustentam o consumo de bens duráveis fabricados no PIM”, conclui.


Sobre o PEA


 O Painel Econômico do Amazonas é uma análise da conjuntura econômica do Amazonas elaborada mensalmente pelo CIEAM com base em informações públicas de instituições como IBGE, Suframa, ComexStat e Abraciclo, além de utilizar dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego. O principal dado disponível para análise é o IBCR-AM, número-índice publicado mensalmente pelo Banco Central como versão regionalizada do IBC-Br, a estimativa mensal do PIB brasileiro. O Banco Central compõe o IBCR-AM pelos resultados das pesquisas mensais efetuadas pelo IBGE, incluindo os principais setores da economia: Indústria, Comércio, Serviços e Agropecuária.


 Sobre o CIEAM


O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) é uma entidade empresarial com personalidade jurídica, ligada ao setor industrial, que tem por objetivo atuar de maneira técnica e política em defesa de seus associados e dos princípios da economia baseada na Zona Franca de Manaus (ZFM).  Implementada pelo governo federal em 1967, com o objetivo de viabilizar uma base econômica no Amazonas e promover melhor integração produtiva e social entre todas as regiões do Brasil, a Zona Franca de Manaus é um modelo de desenvolvimento regional bem-sucedido que devolve aos cofres públicos mais da metade da riqueza que produz. Atualmente, são 600 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). O estado do Amazonas tem 546 mil empregos, dos quais 130 mil são diretos do PIM e garantem a preservação de 97% da cobertura florestal do Amazonas. Encerrou 2024 com um faturamento de R$ 204 bilhões.

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