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Na onda dos podcasts

Podcast. Esta foi a palavra da comunicação em 2019. Não é para menos. Para se ter uma ideia, de acordo com a pesquisa realizada pela plataforma de streaming de áudio Deezer, com usuários do Spotify, Apple iTunes, Google Podcasts, além de aplicativos especializados na organização e distribuição destes conteúdos, o consumo de podcasts no Brasil cresceu 67% no ano passado. Quando considerada somente a audiência de podcasts na Deezer, o incremento é mais surpreendente: 177%.

O sucesso do podcast não acontece por acaso. Dados do report Digital in 2019, da We are Social, mostram que o consumo médio de áudio por streaming no Brasil é de 1h19min. Dialogando com esta informação tem-se a própria pesquisa da Deezer, que mostrou que 25% dos usuários ouvem mais de uma hora de podcasts por dia.

Percebendo a tendência, o Spotify apresentou o Spotify for Brands. Por meio desta iniciativa, a marca busca mostrar às empresas que há várias maneiras de se comunicar com os seus públicos, além dos formatos tradicionais de marketing e publicidade. Um exemplo foi a ação realizada com o Itaú, no Rock in Rio 2019, que incentivava os usuários a irem além dos gêneros musicais que eles estavam acostumados.

As agências de comunicação também estão de olho no potencial dos podcasts, e investem em formatos de anúncios dentro do serviço. De acordo com dados do relatório Global Entertainment & Media Outlook 2019-2023, divulgado em julho, a receita publicitária de podcasts ultrapassaria US$ 1 bilhão globalmente, no fechar das contas de 2019, com o valor subindo 21,3% até 2023.

Atualmente, os anúncios mais tradicionais nos podcasts precisam de envolvimento direto dos produtores e apresentadores: testemunhais (gravado pelos locutores e surgem no meio do episódio); programa temático (feito com base em um tema oferecido pelo anunciante); podcast de marca (o conteúdo é criado pelo anunciante e veiculado em seus ambientes digitais).

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